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terça-feira, 4 de junho de 2013

Universidade de Liverpool revelam enzima que poderá ser responsável pela endometriose

Novos descobrimentos sobre a endometriose
Os estudos mais recentes apontam para uma nova possibilidade de que ao confirmar-se a causa da endometriose podem-se abrir novas opções para tratamentos definitivos e, quem sabe, até mesmo para a cura desta doença.

 

Estes estudos, levados a cabo por científicos da Universidade de Liverpool, revelam que uma enzima poderá ser a responsável pela endometriose: a telomerasa.
Esta enzima é libertada por células no interior do útero nos últimos momentos do ciclo menstrual nas mulheres que sofrem de endometriose. Não se encontra com facilidade no corpo, vive nas capas internas do útero e em algumas células especiais, como as do esperma e as células cancerígenas. A sua influência sobre as células associa-se à capacidade de estas se reproduzirem indefinidamente.
Dharani Hapangama, um dos autores da investigação, explicou que “as células do interior do útero são únicas e podem produzir esta enzima nos primeiros momentos da menstruação. Contudo, as mulheres que padecem de endometriose produzem esta enzima em ambos os momentos do ciclo menstrual. Isto significa que as células continuam a dividir-se e a perder a função de favorecer uma gravidez”.
De acordo com o cientista, a acção prolongada da enzima faz com que o útero se torne mais hóstil e as células, que aparecem na última fase do ciclo menstrual, fiquem mais agressivas e com uma maior capacidade de sobreviverem, de implantarem-se fora do útero e de provocarem dor.
 
Para realizar o estudo, os científicos ingleses avaliaram 29 mulheres que sofriam de endometriose e outras 27 livres desta doença. A ambos os grupos foram realizadas biopsias do tecido uterino em diferentes fases do ciclo menstrual, com a finalidade de determinar a presença e o comportamento da enzima telomerasa.