Estima-se que mais de 15% das mulheres, sofrem de endometriose, o que representa cerca de 15 milhões de brasileiras. Desse total, aproximadamente 40% sofrem de endometriose profunda 2, quando é necessária a intervenção cirúrgica para tratamento. A boa notícia é que uma nova tecnologia utilizada em cirurgias minimamente invasivas realizadas para o tratamento da doença acaba de desembarcar no Brasil. O Sonicision®, primeiro dispositivo de dissecção ultrassônica sem fio, será lançado durante o 12º Congresso Mundial de Endometriose, que ocorre de 30 de abril a 3 de maio no World Trade Center, em São Paulo. O grande benefício da nova tecnologia é ajudar o cirurgião a separar os tecidos comprometidos sem a necessidade de suturar, cortando e cauterizando a parte indesejada com o calor do ultrassom, de forma minimamente invasiva, por laparoscopia (cirurgia por vídeo). "A endometriose superficial apresenta-se em pequenas vesículas, que podem ser tratadas com hormônios. Quando esse tratamento não é feito, ou quando a endometriose é muito agressiva, formam-se cicatrizes de mais de 5 milímetros de espessura ao redor dessas vesículas. Essa é a endometriose profunda, quando a intervenção cirúrgica faz-se necessária", explica o Prof. Dr. Paulo Ayroza, especialista em endometriose profunda. "Nesse caso, é preciso ressecar o tecido doente - a fibrose que cresceu em volta da vesícula - com cuidado, para preservar a integridade do órgão, ou seja, cortar com rapidez e controlar o calor do aparelho cirúrgico, para não lesionar o órgão no qual o tecido está aderido". Sobre a endometriose