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terça-feira, 2 de junho de 2015

É muita dor: a endometriose é causa de infertilidade nas mulheres



Explicação em uma linguagem simples, útero zinho ou mini útero em outro local, muito delicado Dr. Oscar Sobral


 O médico Oscar Sobral trouxe ao programa Café Conectado (ao vivo nas manhãs das terças-feira) da TVDS, no dia 26 de maio, informações sobre a Endometriose, causa de tantas dores nas pessoas do sexo feminino.
Dr. Oscar explica que a endometriose é uma doença benigna, crônica, que acontece quando o endométrio – tecido que reveste o interior do útero – vai para outros órgãos da pelve. 
Quando não diagnosticada, a doença progride, intensificando a reação inflamatória e a dor, que acarreta também a deformação dos órgãos do aparelho reprodutor, diminuindo a capacidade da mulher engravidar.
Os principais sintomas citados foram cólica menstrual intensa e forte dor durante o ato sexual. No Brasil, seis milhões de mulheres são acometidas, 30% destas ficam estéreis; 60% delas têm junto dor e infertilidade, 20% apenas dor e 20% apenas infertilidade. 50% das mulheres no mundo são inférteis por causa da endometriose, que atinge 15% da população feminina entre 13 e 45 anos. 
Como métodos que auxiliam no diagnóstico o médico cita a ultrassonografia, ressonância magnética e cirurgias vídeo-laparoscopia. 
Dentre os tratamentos de controle da doença dr. Oscar destaca o uso de anticoncepcional de forma contínua para que a mulher não passe pelos estágios pré-menstruais, o que desencadearia o processo inflamatório, causa de tantas dores. 




Transcrição do vídeo para tradução 

Um breve resumo como sempre.
Doença benigna porém crônica, não há uma cura
Dados diz que mais de 6 milhões de brasileiras são portadoras de endometriose
até por isso representa 10 a 15% das mulheres do brasil em idade fértil.
Trinta por cento delas ficam inférteis,perdem o potencial de engravidar.
Isto ta tudo correto Dr. Oscar.
Isto mesmo um bom dia para os nossos telespectadores,realmente isto procede, são dados oficiais e realmente tem preocupado muito no mundo médico e no mundo acadêmico por conta exatamente disso, por ela ser benigna tem um lado bom, agora em compensação tem um lado crônico que deixa a paciente doente para o resto da vida e também pelo fato de ser mais comum em mulheres em idade reprodutiva.
Repórter: A endometriose confunde bastante com cólicas menstruais, mas são diferentes Dr. Oscar vai explicar, vinte por cento destas mulheres que tem endometriose elas tem apenas dor, as outras vinte por cento possui a potencialidade de se tornar infértil. Sessenta por cento Dr., tem os dois juntos dor e infertilidade.
Como é a características dos sintomas. Primeiro o que é endometriose e esses sintomas de dor o que vai diferenciar entre a dor da cólica. Não é isso Dr. Oscar?
O que a pessoa tem que entender na verdade, o que é endometriose: endometriose é quando existe fragmentos compactos do endométrio que é a camada mais interna do útero, que sai e  se aloja por exemplo mais profundamente por trás do reto e outras partes do organismo.
Então estas células produzem secreção exatamente do mesmo jeito como se o endométrio  ali estivesse funcionando. Elas são células do endométrio, pode ser glândulas também e quando chega o período da menstruação elas funcionam como se também fossem endométrio. Consequentemente vai provocar todas as  características de uma menstruação, elas vão aumentar de volume vão ficar gordas tipo suculentas  e vão provocar a criação de hormônios  que vão levar a dor como é o caso das prostaglandinas.
Então é preciso que as pessoas entendam que o método é nada mais nada menos que  a presença do tecido que deveria estar lá no endométrio, vai estar em outra parte do corpo. E com isto produz do mesmo jeito proteínas , prostaglandinas, aminoácidos que levam a paciente a sentir dor.
Agora é claro, isto vai variar. Variam em função da quantidade de células independentemente da localização. Você imagina se você é uma delas, é uma célula dessa  que deveria estar  na camada interna do útero, ela foi lá  para o figado, ela foi la para o cérebro, isso pode acontecer.
É coisa raríssima mas pode acontecer, então toda a vida que a mulher estiver no período menstrual ela vai aumentar de volume e  vai criar problema onde ela estiver.
Se porventura,ela chegue no reto, ela tem aquele desconforto pélvico, ela  tem alterações intestinal, ela pode ter  diarreia ,ela pode  ter constipação ela pode tudo.
Agora, é tudo em função dessas células,  que ali estão e que não deveria estar ali e vão estar. A bem da verdade nós sabemos tanto pode ter sido de  uma origem embrionária ou seja: a mulher quando foi concebida a partir do momento
que o óvulo se encontrou com espermatozoide da trompa e fez a fecundação , a mulher já estava predestinada a ter esta bendita endometriose, e muitas vezes também pode ser iatrogênica e acrescenta, ou seja: uma cirurgia que a mulher se submeteu a cesariana e na hora de  sutura algo  eventualmente se desprendam dali
ficam por fora do útero, cobrindo ali o  útero e passa a provocar esse fenômeno chamado  endometriose, e ela vai ter endometriose  por toda a vida por isto é muito   bom que os médicos nossos colegas médicos manipulem o útero, ovários, ou manipular intestinos perto do útero ou a bexiga perto do útero. Tem que ter muito cuidado para saber qual o período que a mulher tá.
Para evitar de estar em contato por exemplo com o endométrio e ter muito cuidado para não tirar pedaço do endométrio e levar para outro local.
Fazendo assim que nós chamamos endometriose iatrogênica, endometriose causado por uma cirurgia. O que às mulheres tem que entender é que a endometriose  é como se a mulher tivesse um pequenino útero fora do lugar dele ou seja: é como se ela tivesse, e eu digo útero para não dizer mais especificamente endométrio.
Porque o útero é formado de camadas e o endométrio  é  a camada mais interna a principal , então o que acontece, aquele pedacinho de endométrio que estavam lá
no reto, ele  é como se fosse um úterozinho fora do seu ´local e provoca  toda a vida que a mulher for menstruar, aquele pedaço de endométrio vai responder aos hormônios que vem da hipófise, quem vem dos ovários,  que vai responder do mesmo jeito.
A mulher quando esta para menstruar o endométrio aumenta de espessura, hipertrofia na esperança de que existe uma gravidez como não existe a gravidez ele vai descamar e menstruar pois a mesma coisa acontece com aquela célulazinha que tá lá fora do útero, ela tá lá paradinha la atrás do reto, então com os hormônios ele vai aumentar novamente também liberar substâncias do mesmo jeito
com se fosse o endométrio, então o endométrio daquela paciente produz muita prostaglandina, lógico que ela também, essa portadora de endometriose
vai liberar também na sua endometriose muito hormônio chamado prostaglandina
 e com isso vai provocar as famosas cólicas, que incomodam e muito, a mulher.
Além de ter a prostaglandina produzindo  por endométrio comum e ovário ela vai ter também la a produção então. vai incomodar vai  inchar, vai entumecer como  chamamos, e com isso as cólicas das mulheres que tem endometriose são mais intensas são maiores em função dessa situação.
E quanto maior for o foco de endometriose mais cólicas, mais dores.
Dor na relação sexual que é um dos grandes problemas da endometriose.
Por exemplo você vai ter la células do endométrio no fundo de saco, e ela ta la quietinha  mesmo que não seja período de menstruação.
Quando vai ter relação pode aparecer a dispareunia, aquela dor ao coito, a dor na relação sexual.
O diagnóstico
Primeiro o que eu tenho dito sempre neste programas. Uma anamnese muito bem feita, o médico tem que conversar,começar la do começo.
Saber se aquela paciente foi operada, se ela já foi manipulada cirurgicamente, se fez alguma cesariana, se fez alguma utras sonografia, algum exame, a endovaginal pode dar um suporte, uma ajuda. Se ele quiser aprofundar, pode pedir um exame muito bom, de alta precisão de alto poder de resolução que é a ressonância magnética, que é um ponto chave para se dar um bom diagnóstico. Claro também se porventura tiver acesso a uma laparoscopia,  que consiste em dois furinhos no umbigo, dá pra olhar o abdômen sem abrir e ver ao vivo se há presença daqueles focos de endometriose.
Agora se você quer usar um método não invasivo é a ressonância magnética o que pode e deve ser feito é juntar o tratamento clínico com tratamento até invasivo.
Porque se você tem a localização, vamos dar um exemplo aqui e agora, se eu tenho um foco a nível de fundo de útero, na serosa do útero, ou seja no peritônio que reveste o útero. Eu tenho lá um foco de endometriose porque não fazer uma videolaparoscopia. Através da videolaparoscopia você pode cauterizar, queimar aqueles focos. É uma boa ideia associar um tratamento químico .
Existe drogas que funcionam muito bem, que ajuda e muito a combater estes focos. Se você não tem como fazer a video laparoscopia , mas você tem a ressonância, faça a ressonância. E com isto você também pode partir para o tratamento convencional que é o uso de medicamentos.
A bem da verdade a nível de tratamento de endometriose é dar uma qualidade de vida , melhorar a vida dela  para que ela tenha uma vida mais saudável. Tratar, curar, fica difícil. Você iria ter que associar sem dúvida nenhuma, teria que usar  tratamento do tipo cauterização.
Existem outros que estão estudando o uso de drogas mais potentes do tipo quimioterapia mas isso ai é coisa que ainda ta pra chegar aqui pra gente.
Ao nosso telespectador que ta assistindo aqui com a gente vamos falar do que temos aqui, do que dispomos aqui.
A gente dispõe aqui de um diagnóstico. Tentar fazer o diagnóstico aqui e partir para um tratamento químico com o uso de medicamentos de hormônios para evitar e tem uma coisa formidável que ta sendo  usado la nos Estados Unidos, está sendo largamente usado na Europa., que é o uso de anticoncepcional contínuo que faz com que a mulher não menstrue o foco vai ficar la quieto, porque ela não vai preparar o corpo para menstruar Se ela não vai preparar o corpo para menstruar, o foco de endometriose também não vai sair do canto. Então ela pode passar um ano dois anos sem menstruar.