Lena Dunham falou sobre seu vício em calmantes:
“Não queria viver mais”
Por El País de España
“Houve um momento em que eu não queria viver”. Com essas palavras a atriz escritora e roteirista Lena Dunham falou sobre a pior etapa da sua vida. Foi quase há três anos atrás, durante o vicio causado pelos ansiolíticos que tomava durante a recuperação da histerectomia que fez em 2017. Dunham removeu o útero devido a dor intensa causada pela endometriose que os médicos detectaram alguns meses antes.
“Um dia
olhei ao redor e estava deitada em uma cama na casa dos meus pais debaixo de
dois cobertores, com o mesmo pijama que eu usava há três dias e pensei: “Esta
não sou eu”, a atriz conta à revista Cosmopolitan,
onde será capa no próximo mês de março. Dunham esclarece que não eram
“pensamentos suicidas”, simplesmente “não
sentia nada, não queria viver”. Uma situação pessoal difícil que coincidiu
com o rompimento com o músico Jack Antonoff, que foi seu namorado por quase
seis anos.
Toda essa
situação mergulho Dunham em depressão e forte ansiedade que acalmava com
Benzodiacepina, uma forma comum de medicação da qual ela se viciou, mas com a
qual ela deixava de ser ela mesma. “Me dei conta que não estava somente tomando
medicamentos para dor física, mas também para a dor emocional. São uns
comprimidos que alteram a química do seu cérebro e de repente você não é você
mesmo. Não está presente. Você não é funcional”. Suas dores não acabaram: ela
lida com uma fibromialgia e, às vezes, usa uma bengala para combater a síndrome
de Ehlers-Danlos que ela também sofre, e pela qual a pele e as articulações são
excessivamente relaxadas.
Após a
crise, Dunham decidiu fazer uma mudança radical em sua vida e fazem 14 meses
que ela comemora que está sóbria. Na entrevista com Cosmopolitan, a estrela da televisão fala abertamente sobre sua
relação com Antonoff. “Nos apaixonamos quando éramos muito jovens e nos
divertimos muito juntos, mas ambos começamos nossas carreiras e essa foi nossa
verdadeira paixão”, reconhece sobre o compositor e líder da banda Bleachers,
que agora considera um grande amigo. “Houve momentos em que fui cruel, rude e
desagradável, mas ele aceitou maravilhosamente e eu também aceitei sua raiva. O
bom é que não tentamos fingir que não tivemos uma história, mas também estamos
dispostos a seguir em diante. “O amor
que você tem por alguém não desaparece, eu o amo muito, somos muito amigos”.
Precisamente,
Dunham também fala em manter-se sóbria na questão amorosa depois de muito
tempo, ela conta que saía à noite e ia para casa “com qualquer cara que me
pedisse, porque eu sentia que ninguém jamais poderia me amar”. “Estar sóbria para mim significa muito,
mais do que simplesmente não consumir drogas, também significa que eu evito
de ter relacionamentos negativos. Isso significa que eu deixo de namorar, algo
que acho incrível”. Afirma. De fato, ela diz que se encontrasse alguém seria
“fantástico”, mas que está comprometida com muitas coisas e que não é esse o
tipo de compromisso que procura agora.
“Acredito que estou solteira há 14 meses.
Eu posso ter beijado um cara em alguma festa, alguma vez, mas não conta. Saio
com meus cachorros, com meus gatos. Isso me deixou claro porque acredito que
para muitos de nós, o mundo se tornou muito mais positivo como sexo, porque as
mulheres jovens, ambiciosas, independentes, temos um relacionamento tenso e
complicado com o sexo. Por um lado, nos ensinam a pedir o que queremos. Por
outro lado, temos medo de não encontrar ninguém para resolver”. Pensa. Ela
afirma, que após esse período, percebeu que não queria entrar em “uma dinâmica”
com quem não a fizesse sentir “supersegura”: As pessoas vão dizer agora: ‘Meu Deus,
não teve relações com ninguém em um ano’. E eu responderei: ‘Não, foi a coisa
mais restauradora que fiz. Os últimos dois anos foram os melhores da minha
vida. É difícil alguém estar comigo”.
De fato,
outro assunto que ela fala na entrevista é do seu corpo, de como se sentia
tremendamente segura com os 22 anos e como depois começou a se olhar no espelho
“e a ver mais dor por dentro do que
beleza por fora”. Mas, isso ela já superou e está em um momento vital
pleno: “É engraçado, provavelmente peso mais do que nunca e passei por muitas
coisas físicas, mas me vejo como com 22 anos, do que em qualquer outro momento,
porque sinto paz dentro de mim”.
Seus
animais de estimação são seus grandes amores e, como ela mesma explica, o
trabalho também sempre foi seu principal remédio. Mas, agora está claro que o
mais importante é ela mesma. No ano passado ela apareceu em “Era uma vez” em Hollywood , de Quentin Tarantino, lançou
um podcasts feminista, produz a séria Generation
e em breve começará a gravar um filme. Muito trabalho, sim, mas ela mesma
sabe quando parar. “agora, sei dizer à minha equipe, meu gerente, às pessoas
com quem trabalho: ‘Hoje não vou mais atender ligações, porque não estou bem’. Aprendi a me cuidar”.
( Fonte: https://tn.com.ar/show/hollywood/lena-dunham )
Tradução:
Vanessa martins
Tradução:
Vanessa martins
Voluntária na AMO Acalentar