Um aumento expressivo das moléculas de adesão celular epitelial (EpCAM) e sua possível ação na transição epitélio-mesenquimal (EMT) pode ter relação com a endometriose
A patogênese da endometriose permanece obscura e controversa.
De acordo com a conhecida
"teoria da implantação", a migração e a invasão são dois processos
críticos para o desenvolvimento da endometriose.
Diversas
evidências demonstraram que a endometriose tem características
móveis e invasivas.
A transição epitélio-mesenquimal (EMT) é um dos mecanismos moleculares
essenciais que contribuem para a metástase e invasão.
A molécula de adesão de células epiteliais (EpCAM), funciona como
uma molécula de adesão específica para promover a invasão em tumores malignos.
A inter-relação entre a EpCAM e EMT na migração e invasão sugere a possível
ação da EMT na endometriose.
Um total de 114 pacientes e 23 controles científicos foram analisados para comparar a expressão de EpCAM. O nível de EpCAM, E-caderina e N-caderina não foi diferente entre o endométrio eutópico de pacientes com e sem endometriose.
A imunorreatividade da endometriose para EpCAM e N-caderina, (mas não
E-caderina), foi significativamente maior do que a do endométrio eutópico;
sendo essa uma marca registrada da EMT.
De acordo com esses dados, a EMT participa da patogênese da endometriose.
Conclusões:
A expressão de EpCAM é
aumentada em células epiteliais de diferentes tipos de lesões de endometriose,
acompanhada pela ocorrência de EMT.
Isso sugere que a EpCAM e EMT estão associadas no desenvolvimento da
endometriose.
A ação da EpCAM e EMT na endometriose ainda não está clara e mais estudos para
esclarecer essas correlações são necessários.
O grupo do Dr. Yao formulou
a hipótese de que a EpCAM pode desempenhar um papel crítico na endometriose.
Seu artigo foi publicado recentemente na revista “Obstetrics and Gynecology
Research”
Fonte: https://www.endonews.com/increased-expression-of-epithelial-cell-adhesion-molecule-and-its-possible-role-in-epithelial-mesenchymal-transition-inendometriosis
Artigos livremente
traduzidos por Vanessa Souza, voluntária de comunicação da Amo Acalentar e pós-graduanda
em Comunicação Institucional.